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Mostrando postagens de junho, 2025

🐺 Psicologia dos Vilões: O Arquétipo do Lobo Mau

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  O lobo é uma figura simbólica poderosa, representando frequentemente o medo, o perigo, o instinto, a transgressão e até mesmo a Sombra, na linguagem da psicologia junguiana.   Contos Famosos com o Lobo Mau Chapeuzinho Vermelho (Europa – versão mais famosa dos Irmãos Grimm e Perrault) → Representa o perigo da desobediência e da ingenuidade, o predador disfarçado. Os Três Porquinhos (Inglaterra) → Uma lição sobre trabalho, esforço, planejamento e segurança. Pedro e o Lobo (Rússia – Prokofiev) → Uma fábula musical onde o lobo é uma ameaça à vila e aos animais, representando o perigo e os medos da infância. O Lobo e as Sete Cabritinhas (Irmãos Grimm) → O lobo engana os cabritinhos para entrar na casa e devorá-los, explorando a temática do engano, da esperteza e da proteção maternal. O Lobo e o Cordeiro (Fábula de Esopo) → Mostra como o poder pode ser usado de forma tirânica e injusta. O lo...

Death Note: A Ilusão do Deus e o Abismo da Sombra

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  "Death Note" não é apenas uma narrativa sobre justiça; é um espelho obscuro que reflete os contornos mais profundos da psique humana. A trama gira em torno de Light Yagami , um jovem brilhante, entediado e frustrado com a corrupção do mundo. Ao encontrar um caderno sobrenatural — o Death Note , capaz de matar qualquer pessoa cujo nome seja escrito nele —, Light inicia uma cruzada messiânica para eliminar criminosos e "purificar" o mundo. Por trás dessa premissa, se desdobra um arquétipo clássico da humanidade: o mito do poder absoluto , a tentação de se tornar Deus, e a trágica queda daquele que ousa ultrapassar os limites da condição humana. 🎥 Análise Cinematográfica No cinema, especialmente nas versões live-action e na adaptação do anime, a estética de "Death Note" é carregada de elementos visuais que evocam o contraste claro-escuro, não apenas literal, mas simbólico. A iluminação dramática, os planos fechados no rosto de Light quando ele assume sua p...

O Corpo — O Supremo Alimento da Psique

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  Mulheres que Correm com os Lobos (Clarissa Pinkola Estés) Capítulo 7 – O corpo jubiloso: A carne selvagem   Página 254: “Se lhe ensinarem a detestar o próprio corpo, como poderá ela amar o corpo da mãe, que tem a mesma estrutura que o seu?5 — ou o corpo da avó, ou das suas filhas também? Como poderá ela amar os corpos de outras mulheres (e homens) próximas a ela que tiverem herdado o corpo dos mesmos antepassados? Semelhante agressão a uma mulher destrói seu legítimo orgulho de parentesco com sua própria gente e lhe rouba a alegria natural que ela sinta por seu corpo, não importa qual seja sua altura, tamanho ou forma. No fundo, a agressão ao corpo da mulher é uma agressão de longo alcance que atinge tanto os que vieram antes dela quanto os que chegarão depois.”   Este trecho de “Mulheres que Correm com os Lobos” , de Clarissa Pinkola Estés, é uma denúncia profunda e visceral sobre como a opressão estética não é apenas um ataque individual, mas um ataque colet...