Desconstruindo o Bruxo Tóxico – A Cura do Masculino no Caminho da Bruxaria

 



Na escuridão da noite, onde os véus entre os mundos se tornam mais tênues, o verdadeiro bruxo é chamado a encarar não apenas as forças ocultas do universo, mas também as que habitam dentro de si.


A bruxaria é, por essência, um caminho de reconexão — com a Terra, com o sagrado, com o invisível. Mas também com aquilo que foi ferido, corrompido, distorcido. E isso inclui o masculino.


Durante séculos, o patriarcado moldou o homem como um ser que domina, que cala, que reprime. A sensibilidade foi sufocada. A intuição, ridicularizada. A sombra, ignorada.


O bruxo tóxico nasce dessa herança: o homem que usa a magia como instrumento de poder, ego e manipulação, replicando dinâmicas de controle travestidas de espiritualidade.


Mas o caminho da bruxaria verdadeira exige coragem para a descida. O bruxo que realmente caminha sob a proteção da Deusa aprende a silenciar o orgulho, a ouvir sua dor, a reconhecer as próprias feridas. Ele entende que não há poder sem verdade, e que o verdadeiro sagrado não se impõe — ele cura.


Desconstruir o bruxo tóxico é permitir que o homem retorne ao templo da alma.

É libertá-lo da prisão da armadura emocional.

É convidá-lo a sentir, a chorar, a amar — não como fraqueza, mas como força primal.


Neste novo tempo, o bruxo não é mais o senhor dos elementos.

Ele é o guardião do invisível.

É o que segura a mão da sombra sem medo.

É aquele que honra o feminino dentro e fora de si.


Que os bruxos da noite saibam: a Deusa os chama não para dominá-la, mas para amá-la.

Não para usá-la, mas para comungar com ela.

E que a sombra masculina, quando acolhida, se torne luz ancestral.

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